Hare Krishnas , Banda 190 e Banda AfroReggae no Theatro Municipal
Exposição Estética da Periferia , em Recife
Streetball no Hutúz 2002
Desfile masculino da Cavalera, inspirado nos Sertões
Ontem fui ao SENAC assistir o Ricardo Gonzales e a Bianca Clark falarem sobre performance, na 3a edição de um evento chamado "Encontros Fresh", organizado pela Helen Pomposelli - aliás, uma iniciativa muito bacana, gostei bastante e pretendo voltar nos próximos. Eu adoro ouvir o Ricardo falar, ele é uma das pessoas que me inspiram, de quem eu sou fã. Eu sempre brinco que tive muita sorte, sempre trabalhei, bem de pertinho ou "de alguma maneira" com pessoas muito criativas e inspiradoras. Júnior do AfroReggae, Gringo Cardia, Celso Athayde da CUFA e Ricardo Gonzales são 4 pessoas que muito me influenciam desde sempre e até sempre. São pessoas que não se rendem ao óbvio, que não dão bola pra preguiça mental, não importa o cachê ou a mídia, e têm sempre a criatividade e o respeito por todas as manifestações de arte e beleza como seus principais conceitos. Com o Júnior eu aprendi , e continuo aprendendo, que qualquer conexão é possível (ou alguém já tinha imaginado uma performance da banda AfroReggae cantando "Imagine" de John Lennon com a banda de metais da Polícia Militar do Rio de Janeiro e com um grupo de Hare Krishnas?; com o Gringo eu aprendo que apuro estético se consegue com muita informação, pesquisa e olhos bem abertos ao que acontece em todos os setores da sociedade, o respeito com que ele lida e valoriza a estética da periferia é tão genial....; do Celso eu trago um pouco do meu "radicalismo" em certas discussões, às vezes vale à pena acreditar no impossível, como na viabilidade da realização anual do maior evento de hip hop da América Latina, há 8 anos, em pleno Rio de Janeiro, tudo pelo direito de escrever sua própria história; o trabalho do Ricardo eu acompanho há um tempão, e agora mais de perto, me dá fôlego pra continuar acreditando na moda como ferramenta para a construção de um lifestyle mais livre, democrático e menos "aprisionante". Em comum, a capacidade de reinventar histórias, conceitos, estéticas, enfim, de usar a criatividade como, ai que clichê, como pulo do gato para construção de um mundo melhor.
